Os Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola

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Os Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola não é um Tratado de Orações que se pode ler e pôr em prática ensinamentos esparsos ou de meditações para a vida diária. É um rígido manual de conduta em que, por meio de exercícios praticados com disciplina e ininterruptamente, têm a finalidade de aperfeiçoamentos sucessivos.

Para introduzir o fiel na verdadeira finalidade dos Exercícios e instruí-lo sobre o método, o livro traz Anotações (orientações) e uma analogia apropriada na primeira delas: “Do mesmo modo que caminhar e correr são exercícios físicos, estes preparam e dispõem a alma de mecanismos que permitem livrá-la de tendências erradas, entrar em contato com a Vontade Divina e conseguir a salvação”.

As orientações prosseguem informando que o praticante deverá ficar recluso trinta dias, ou quatro semanas, mas que alguns penitentes poderão levar mais tempo para obter a contrição de seus pecados. A condição de solidão é fundamental para que o fiel acolha os dons do Senhor.

A primeira semana trata da purificação dos pecados, bem como da morte e do julgamento dos homens. Os exercícios das segunda e terceira semanas referem-se à profunda contemplação da existência, tendo sempre como modelo a vida do Cristo. A última semana representa a busca de uma íntima relação com Jesus.

Esta é uma obra clássica da literatura mundial, que há quase cinco séculos vem sendo passada às gerações, privilegiando a busca da espiritualidade e resgatando uma parcela da História da Companhia de Jesus.

Iñigo López de Loyola, nascido em 1491, em Guipúzcoa, Espanha, torna-se, mais tarde, Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus.

Sua mãe, tida como uma mulher de alma piedosa, morreu cedo, e Inácio esteve ligado à religião de seus avós, o Catolicismo. Ele chegou a receber a tonsura, indicativo de que estava destinado a uma vida eclesiástica, porém ao deixar, ainda na adolescência, sua terra natal para trabalhar como pajem na corte de Juan Velasques de Cuellar, passa a levar uma vida agradável incorporando os costumes dissolutos da época, pouco se conhecendo sobre essa sua fase.

Em sua autobiografia, ele afirma: “Até a idade de 26 anos fui um homem dedicado às vaidades do mundo e, sobretudo, comprazia-me no exercício das armas com grande e vão desejo de, com isso, ganhar fama”.

Aos 33 anos, Inácio de Loyola reiniciou seus estudos pelo aprendizado do latim. Posteriormente, passou onze anos nas Universidades de Barcelona, Alcalá, Salamanca e Paris.

Santo Inácio de Loyola era um homem sem grandes pretensões de se tornar um educador quando escreveu os Exercícios Espirituais. Sua língua nativa não era o espanhol, mas o basco. As correções no texto, por ele realizadas, visavam, mais do que tudo, a torná-lo o mais claro possível.

Para Inácio de Loyola, os Exercícios Espirituais não eram “sua obra”, mas sim um dom de Deus para toda a Igreja. Eles não foram estudados e feitos na mesinha, mas experimentados em seu ermo de Marensa, lugar onde viveu um ano como asceta e penitente, e onde, como ele mesmo afirma: “Deus se comportava com ele como um professor de escola com uma criança: instruía-o”.

Os Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola, além de ser uma leitura agradável, é uma fonte de novos ensinamentos.

Informação adicional

Dimensões (C x L x A) 14 × 21 cm

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