Elogio do Feio na Arte
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O presente texto regista um trabalho de investigação no qual foi avançada uma tese teórica interpretativa, de perfil disciplinar da História da Arte, que tenta fazer uma hermenêutica estética do novecentismo, propondo o conceito de Belo-feio como o conceito estético sub-categorial identificador da metade da criação artística de mais relevante impacto cultural da Arte do Século XX, designadamente na arte da pintura, que será a disciplina artística abordada. A abordagem teórica da fenomenologia estética particular e da sua caracterização axiológica fundamentou-se no pensamento filosófico de autores como Aristóteles, I. Kant, G.W.F. Hegel ou nos «Mestres da Suspeita», F.W. Nietzsche, K. Marx e S. Freud. Foram também consultados vários ensaístas que estudaram especializadamente a fenomenologia do Feio e a sua determinação teórico-crítica enquanto sub-categoria integrável no sistema estético, como Umberto Eco ou ainda, por exemplo Lydie Krestovsky, Raymond Polin, Eugénio Trias, Pedro Azara, entre outros, ou sobretudo Karl Rosenkranz, discípulo de G. W. F. Hegel, que foi um dos autores basilares do estudo teórico do feio e da fealdade artística. Os juízos críticos do discurso argumentador, que se pretenderam inequívocos na análise interpretadora das evidências empíricas da fenomenologia estudada, basearam-se, para efeito de prova factual, na demonstração pela imagem, a partir dos inúmeros exempla das obras da fealdade estética dos movimentos artísticos do Século XX, ou de artistas independentes contemporâneos, expostos em indispensáveis anexos iconográficos. A partir das obras de arte estudadas foi configurado o novo paradigma estético novecentista. Foi feita uma exposição por um alargado bloco de ilustração do advento das novas formas e dos novos conteúdos artísticos do Século XX, que revelam o apogeu estético de uma fealdade que povoa ubíqua a arte da pintura da centúria, simultaneamente registo testemunhal e transfiguração sublime da fealdade real desses tempos hodiernos.
Luís Calheiros
1952. Viseu. Artista Plástico, pintor, desenhador, gravador, crítico de arte, publicista.
Professor de Estética e História da Arte do Século XX.
Licenciado em Belas-Artes, Curso Superior de Pintura, (1982), pela ESBAP, Escola Superior de Belas Artes do Porto, atual FBAUP, Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.
Frequência da Licenciatura em História, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Prestou Provas Públicas (PPCCAP) (2001), no Instituto Superior Politécnico de Viseu, IPV, com a dissertação final A Desconfiança Estética dos Últimos Tempos. Reflexões sobre Estética, Crítica de Arte e História da Arte do século XX (1994).
Doutorado em História da Arte (2015), pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, FLUC, com a tese Elogio do Feio na Arte. Fealdade no Século XX (2014).
Professor na Escola Superior de Educação de Viseu, ESEV, docente do Departamento de Comunicação e Arte.
Lecionou, durante duas décadas, as disciplinas teóricas de Estética, Movimentos Artísticos do Século XX, Arte e Cultura, Cultura Visual.
Na mesma instituição ainda leciona, presentemente, disciplinas práticas, os ateliers de Pintura e de Desenho, do curso de Licenciatura em Artes Plásticas e Multimédia.
Pinta a óleo e a têmpera, desenha a lápis de grafite e a caneta de tinta, grava em metal a talhe-doce.
Trabalha no seu atelier, no Paço de Fráguas, a sua casa de família, em Fráguas, Mosteiro de Fráguas, no Vale de Besteiros, Tondela, Viseu.
Expôs o seu trabalho em dez exposições individuais e esteve representado em inúmeras exposições coletivas.
Participou em várias exposições nacionais: quatro edições da Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira (1982,1984,1986, 2006), a 3ª Exposição Geral de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1986), as exposições gerais de arte moderna no Porto - a grande exposição coletiva 80 anos de Arte no Porto (1986), a grande exposição coletiva ESBAP-FBAUP, no Edifício da Alfândega do Porto (1995).
Representado em exposições coletivas no estrangeiro: Inglaterra, Espanha, Brasil e Bélgica (Europália, Bruxelas, 1991).
Obras suas pertencem ao acervo de coleções públicas e privadas, portuguesas e estrangeiras.
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 24 × 27 cm |
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