(Ar)riscar em mundos imprevisíveis e incertos: a crise, formas de (des)legitimação e modos de representação e de mobilização

E o que aconteceu entre nós após a derrocada financeira que se foi registando entre 2008 e 2010 e que requereu uma intervenção externa de auxílio de uma elevada magnitude? De facto, em face do crescente endividamento do Estado, as finanças públicas colapsaram, e arrastadas pela falta de fundo de maneio para aguentar as políticas e ações públicas, resgatar o seu funcionamento exigiu da parte dos dirigentes políticos um pedido de apoio monetário ao exterior. E após um aturado esforço negocial, o lado mais fraco da equação, o Estado português, teve de aceitar o programa da Troika subscrito pelo seu representante conjuntamente com os representantes da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional.