Encontros e Memórias

O preço original era: 35,00 €.O preço atual é: 31,50 €.

Encontros e Memórias, o novo álbum de António Carmo, em edição brochada, reúne os vários trabalhos do pintor até 2020.
O artista, incansável operador das artes picturais, poeta da cor e da linha, volta sempre ao trabalho, editando nova exposição retrospectiva porque o tempo tenta apagar as várias memórias desse mundo. No caso deste pintor, a questão do tempo consumido não se coloca, porque, nascido em 1949 e desenvolvendo sempre os impulsos expressivos que o definiam de um ponto de vista humano, para ele horas e horas, dias e dias, deviam prendê-lo à oficina, como um deus à sua intemporalidade.
Sempre ligado a uma perspectiva das artes e do modelo estético, a ideia da sua ocupação era intrínseca, colava-se ao gosto do ver e do ser, do registo onde o imaginário todos os dias se enchia daquelas configurações populares, espíritos libertos, a dançar ou a cantar em espaços floridos, compactos, eternos.
Eram compères nos jardins eternos pela renovação da vida. E as suas composições, desde uma grafia inicial, foram crescendo no mesmo módulo quadrado, universo de uma densa cromografia, populações de não se sabe quando nem como, densas, em festa, em abraços, cuja manifestação comunitária parecia palpitar atrás de uma janela ou desafiar o nosso olhar ao seu assalto.

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António Carmo nasceu em 1949 no Bairro da Madragoa em Lisboa, filho de gente ligada ao mar, mas foi criado pela madrinha de batismo, tendo vivido sempre na capital.
Dada a sua apetência para o desenho e a conselho do seu professor, na adolescência, ingressa na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde cursou Pintura Decorativa. Ainda como estudante começa a frequentar as tertúlias de Lisboa, nomeadamente na Brasileira do Chiado, Café Tarantela, Café Vává, Leitaria Garrett, etc.
Na Brasileira, conheceu e conviveu com algumas das figuras conhecidas da cultura nacional, tais como Almada Negreiros, Abel Manta, Jorge Barradas e João Hogan que, em 1970 apadrinhou a sua exposição na Galeria Diário de Notícias, e outros que ainda hoje fazem parte do seu convívio diário, entre estes, Virgílio Domingues, Alberto Gordillo e Luís Lobato.
Dada a diversidade de interesses culturais que sempre manifestou, teve o privilégio de conviver com grandes vultos do mundo das artes, nomeadamente do bailado, cinema e literatura.
Amigo pessoal de alguns dos nossos cantores e compositores, tais como Adriano Correia de Oliveira (que homenageou com um painel de azulejos em Avintes), Carlos do Carmo (executou a capa do LP O HOMEM NO PAÍS), Paulo de Carvalho, etc.
Em 1968 faz a sua primeira exposição individual, na Galeria Nacional de Arte em Lisboa. Nesse mesmo ano, ingressa no Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio, aí permanecendo por dezoito anos e onde conheceu alguns grandes nomes do bailado internacional. Nesse período, para além de participar como bailarino, fez ainda os figurinos e cenários para alguns bailados do Grupo.
Em 1970 é mobilizado para a Guiné (Guerra Colonial) e durante os 2 anos em que ali permanece, organiza algumas exposições e executa alguns murais; colabora no jornal A Voz da Guiné e faz uma pesquisa sobre a Arte Nalu.
Regressa a Lisboa em 1972 e no ano seguinte promove na Galeria Opinião, uma exposição de reflexão e denúncia dessa mesma Guerra Colonial.
Depois de 25 de Abril de 1974, executa grandes murais nas Festas do Avante em conjunto com outros nomes da pintura, tais como: Rogério Ribeiro, Cipriano Dourado, Querubim Lapa, Jorge Vieira e Rogério do Amaral.
A partir de então inicia uma carreira internacional sendo a sua primeira exposição na Galeria Solidair em Roterdão/Holanda, vindo a fixar-se temporariamente em Bruxelas onde há cerca de 25 anos mantém uma permanência constante nalgumas galerias, tais como: Galerie L'Oeil, Racines e, mais recentemente a Galerie Albert I. Em Bruxelas, executa ainda dois murais de grandes dimensões para a ABEP (Associação de Portugueses Emigrados na Bélgica) que foram, recentemente, doados à Câmara de S. Gilles/Bruxelas.
Dentro do espírito de divulgação cultural que está sempre presente na sua postura social, ilustrou durante alguns anos o "Suplemento Cultural" do matutino O Diário bem como outros jornais. Formou ainda o Grupo Paralelo, na Primavera de 1974, juntamente com alguns pintores e escultores: Adão Rodrigues, Alberto Gordillo, Álvaro Perdigão, António Trindade, Cipriano Dourado, Estevão Soares, Guilherme Casquilho, Teixeira Lopes, Ribeiro Farinha, Rogério Amaral e Virgílio Domingues. A ele aderiram posteriormente vários outros artistas plásticos, entre os quais Boavida Amaro, João Duarte, João Hogan, Jorge Vieira, José António Flores, Lurdes Freitas, Maurício Penha, Noémia Cruz e Querubim Lapa.
Nascido numa época ímpar da nossa História, o Paralelo foi também produto do sonho partilhado por quase todos os Portugueses de então, de construir um Portugal melhor, onde até a Cultura e a Arte tivessem a sua oportunidade. Os seus fundadores propunham-se sobretudo promover a divulgação das corrente estéticas das artes plásticas portuguesas, mirando o território virgem que a província representava e, se possível, projetando o voo além fronteiras. O veículo de propaganda eram, naturalmente, as exposições.

Informação adicional

Dimensões (C x L x A) 32,6 × 22,6 cm

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