Enterro da Loba
O preço original era: 15,00 €.13,50 €O preço atual é: 13,50 €.
Escrever, gostar de escrever é (pode ser…) gosto de muitos e arte de alguns… A palavra insinua-se, baila na cabeça, aparece e esconde-se até que, se começa a sentir a irreprimível inquietação que nos arranha e nos impõe a caneta. No caso de António Gaspar Cunha deixem-me afirmar que gosta de escrever… E gostar de escrever, basta? Eis a questão! Não basta! É preciso também, saber escrever… É certo que as duas se podem apelar, até interpelar, mas a obra nasce da sua coexistência. Vem isto a propósito do livro em análise: – A MORTE DA LOBA – cujo autor gosta e sabe escrever. O livro é, pois, para o leitor, um intermediário em que, narrando, relatando, traz à superfície o que resulta do que conheceu, viu e viveu. Tratar-se-á de uma diegese ficcional? Ao leitor a resposta… Vamos à obra! (…) E finalmente, os artifícios, os recursos estilísticos: conseguem espicaçar a nossa curiosidade e atenção, despertar emoções, reacções de raiva e sobressalto. Bebe-se de “golada”. São tantas as emoções que se cruzam que não nos deixam arredar da leitura: tememos pelos bons, perseguimos os “maus, tornamo-nos o Monsieur Poirot que, de dedução em dedução, quer descobrir caminhos que desemboquem na justiça. As sequências narrativas integram-nos na própria aventura: contagiam-nos, obrigam-nos a sermos protagonistas e interagimos… roendo as unhas… Consegue o autor levar-nos aos hábitos académicos de uma Universidade que, mesmo não localizada, será sempre uma Universidade, que pode ficar por aí, algures, perto ou longe de nós… O livro é, pois, um libelo acusatório que aponta o dedo em várias direcções. Pode parecer, numa primeira abordagem, que é um dedo apontado contra a praxe. Não é! É reacção sentida, sim, visceral, contra certa praxe: a que humilha, a que desumaniza o caloiro e que, por outro lado, favorece os sentimentos mais vis, mais mesquinhos dos mandantes Césares. Há, pois, um objectivo, uma razão emocional para o livro: desmascarar a benigna praxe académica. Não se fica por aí e deixa-nos o outro lado da moeda: o culto, a consolidação de valores morais e princípios éticos que não pactuam com a humilhação e não toleram a rigidez dessas leis sem lei… Após a leitura (convite feito…) saberemos mais, aprofundaremos mais a ponto de, como Mário Pinto (uma das personagens, pai da Ana, estudante universitária), podermos ultrapassar (nós também…) barreiras de escuridão” Maio de 2018, Conceição Lima in Prefácio
António Gaspar Cunha nasceu em Barcelos em 1964, tendo-se licenciado na Escola de Engenharia da Universidade do Minho em 1991. É, desde então, docente do Departamento de Engenharia de Polímeros dessa mesma Universidade, onde fez o Doutoramento em 2000 e as provas de agregação em 2014. Começou por escrever em 2013. Escrever é para si, não só uma emancipação, mas também uma expressão do seu cogitar sobre o mundo, fazendo-o através de uma “tormentosa serenidade”, expressa quer na sua escrita poética e narrativa. Livros publicados: “Amo a Ideia se Ti”, poesia, edição de autor (com o pseudónimo de João Raphaël), 2014; “O Triunfo dos Cucos & Outros Contos”, contos, edição de autor, 2014; “Tormentosa Serenidade”, poesia, Versbrava, 2015; “A Fronteira do Amor”, romance, edição de autor, 2016 e “O Menino de África & Outros Contos”, contos, Alfarroba, 2017, “Enterro da Loba”, romance, Editorial Novembro, 2018.
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 15 × 22 cm |
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