Mediatecas

Este é um estudo que valoriza a dimensão qualitativa, que incide sobre a avaliação das duas mediatecas de São Tomé e Príncipe, do seu papel e das relações que quotidianamente estabelecem com a comunidades, a que não são alheios os respetivos contextos. Um estudo que parte das bibliotecas para a compreensão da emergência das mediatecas e, neste âmbito, da Rede de Mediatecas da Lusofonia, que contextualiza as Mediatecas de São Tomé e Príncipe, cruzando as perspetivas da coordenação-geral (em Lisboa), dos coordenadores locais das Mediatecas e, como não poderia deixar de ser, dos seus utilizadores, aqueles que melhor justificam a sua existência. Um estudo, por último, de elevada qualidade, bem estruturado e fundamentado, que também levanta as dificuldades de quem vive o seu quotidiano, porém demonstrativo de que as Mediatecas da Lusofonia continuam a fazer sentido em São Tomé e Príncipe.

CARLOS GUARDADO DA SILVA

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Quer o título do livro, quer o objeto, quer sobretudo o Objetivo maior – o da erradicação da pobreza extrema e da fome – obrigam a reconhecer a atualidade do projeto, mesmo quando o conceito de ‘mediateca’, ao contrário do que sucedeu na década de 80 do século XX, vem cedendo lugar ao de ‘biblioteca’, e de modo particular em alguns territórios, sobretudo do hemisfério norte. E, também, a sua pertinência, quando importava acentuar o papel, o valor e o fator de mudança – que trouxeram, como continuam a trazer, os media, isto é, as tecnologias da informação e comunicação. Ontem como hoje, continuam as mediatecas a exercer em São Tomé e Príncipe o seu papel de centros de informação e conhecimento, cultura e educação, a partir dos quais muitos acedem às tecnologias, à Internet, a maior biblioteca do mundo.