O Discurso de Sintra
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Se Sintra é o Mons sacer, é a Montanha sagrada, a Serra Solércia, Sol e Lua, Lua e Sol, manancial daquela água-luz que nos ressurge e refresca, devolvendo a visão; é o Eixo vertical que aponta o ponto donde partimos e aonde retornaremos.
Não existe a tradição primordial no sentido que é normalmente entendido. O Ser em si é a Tradição primordial. Qualquer tradição iniciática é um meio hábil, mas feroz.
Com efeito, uma tradição viva é um meio altamente sofisticado, susceptível, quando é vivida incondicionalmente, de nos aproximar do Ser, da libertação, do despertar da consciência. Todavia, enquanto forma, uma tradição só pode ser alienante e encarceradora.
Não é pois a Tradição que pode libertar das limitações demasiado humanas, mas sim a relação mantida com a Tradição, que deve ser elíptica e oblíqua.
Co-Edição: Zéfiro & Arcano Zero
Nascido em 1958, Rémi Boyer começou desde cedo a exploração do mundo das Vanguardas, da Iniciação e das Filosofias do Despertar. Trabalha, desde então, para uma nova aliança entre as filosofias do Despertar e as vanguardas artísticas.
Membro da Société des Gens de Lettres, considera a Literatura como uma forma de metafísica, tendo-se envolvido activamente no movimento das revistas desde os Anos 80, nomeadamente na experiência excepcional da revista de tradições e vanguardas, L’Originel, dirigida por Charles Antoni, e, mais tarde, no seio de Pris de Peur e Mange Monde, revistas da Casa dos Surrealistas de Cordes-sur-Ciel, dirigidas por Paul Sanda.
Também colabora ou colaborou com inúmeras revistas europeias, entre as quais L’écho des poneys, Supérieur Inconnu, Place aux sens, La Sœur de l’Ange, Initiera, Cahiers chroniques, Historia occultæ, etc. Contribui igualmente, desde 2007, para os magazines electrónicos Vendémiaire e La faute à Diderot.
Dirige, desde 1992, a revista L’Esprit des Choses, especializada na filosofia de Louis-Claude de Saint-Martin, no Martinismo e na Franco-maçonaria, assim como, desde 1996, a crónica literária La Lettre du Crocodile.
Lusófilo, Membro do Movimento Internacional Lusófono, autor de uma vintena de ensaios traduzidos em várias línguas, mais particularmente em português, é também autor de novelas, poemas, contos filosóficos e textos destinados à animação da discussão filosófica com crianças.
Calígrafo, impregnado pela cultura oriental, ilustra por vezes ele próprio os seus livros e apela geralmente a artistas originais como Lima de Freitas, Jean-Gabriel Jonin, Virginie Rapiat…
www.incoerismo.wordpress.com
Filosofias do Despertar, Vanguarda e Tradição
Do mesmo autor, em Português:
• Fado – Mistério da Saudade. Co-edição bilingue franco-portuguesa. Prefácio de Kátia Guerreiro. Arcano Zero e Rafael de Surtis, 2010
Colecção Vanguarda & Tradição
(co-edição Zéfiro e Arcano Zero):
• O Discurso de Sintra. Fotografias do Aimaproject. Sintra, 2011
• O Quadrante do Despertar. Sintra, 2011
• Poeiras de Absurdidade Sagrada. Sintra, 2011
• Hinário à Deusa. Sintra, 2012
• Hinário ao Rei Encoberto. Co-edição bilingue (Rafael de Surtis) franco-portuguesa. Sintra, 2013
• Fado, Saudade & Mystery. Edição inglesa. Sintra, 2013
• Cavalaria, Maçonaria e Espiritualidade. Co-edição bilingue (CIREM) franco-portuguesa. Sintra, 2014
• A Amante de Shambu e o Louco de Shakti seguido do Kamala Sutra. Sintra, 2015
• Monólogo da Água. Escrito com Andreia Salvado. Sintra, 2016
• Vinte e Dois Breves Tratados Incoeristas. Sintra, 2016
• A Tradição Maçónica e o Despertar da Consciência. Prefácio de José Manuel Anes (1ª edição) e Serge Caillet (2ª edição). Introdução de Jean-Pierre Giudicelli de Cressac de la Bachelerie. Sintra, 2017
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 13 × 19 cm |
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