A Terra Prometida
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Obras Completas de António Telmo – Volume I
TEXTOS INÉDITOS & DISPERSOS
Três dezenas de textos de António Telmo que espelham a sua visão filosófica da história, assim como da Maçonaria, da Kabbalah e do Martinismo, todos eles caminhos para alcançar A Terra Prometida – outro dos nomes do Quinto Império –, para além da presença marcante de Sampaio Bruno e Agostinho da Silva neste volume.
«Está anunciada uma terceira idade de que nos aproximamos velozmente, em que, como disse o Bandarra, a paz será em todo o mundo. Como conciliar isto com aquilo? É que a terra em que vivemos é apenas um laboratório; no athanor da humanidade separa-se o subtil do denso. Esta não é a terra definitiva. Para onde vai a energia que, pela entropia, constantemente se perde? Transforma-se em energia espiritual. Tudo quanto de bom e de verdadeiro se pensou e imaginou, se pensa e imagina, é o subtil que se separa do denso e vai formar a Terra Prometida.»
António Telmo
«Os seguidores do pensamento de António Telmo vão reconhecer aqui os laços de ideias que ligam este aos outros livros do autor. No universo télmico tudo fala com tudo, num diálogo permanente do autor consigo próprio, com o seu anjo, com os seus livros (“os meus livros sabem mais do que eu”), com os seus mestres jamais esquecidos.
Por estas páginas passam agora, e como sempre, José Marinho, Álvaro Ribeiro, Fernando Pessoa (“o último profeta”), Natália Correia (“o mais perfeito tipo de cristã-nova”, “a única espécie de Ester que é possível no nosso tempo” e que, “se estivéssemos no século XVI, seria queimada como feiticeira”), Pascoal Martins (“o martinismo e a filosofia portuguesa são a mesma verdade, pela origem e pelo desenvolvimento”), Sampaio Bruno (“pensador nocturno” da filosofia da saudade, “Bruno significa O Obscuro”), Junqueiro.»
António Carlos Carvalho
In Prefácio
António Telmo nasceu em Almeida, distrito da Guarda, numa casa da rua do Convento, no centro do hexagrama formado pelas muralhas que cercam a vila. Foi no dia 2 de Maio de 1927, pelas duas horas da tarde. O Leão aparecia no horizonte e o Sol erguia-se alto no Touro. Partiu deste mundo rumo ao Oriente Eterno no dia 21 de Agosto de 2010.
Por uma dessas estranhas coincidências que, por vezes, marcam a relação íntima de certos acontecimentos, nas Centúrias de Nostradamus, escritas há cerca de meio milénio, vem anunciado o nascimento do “grande Portugalois”, junto a um convento em “la Guardia”. Claro que esta Guarda é outra e outro é o convento. Quem dera ao autor deste livro pertencer a uma organização conventual de altos espíritos que guardassem o mundo humano nestes tempos de fim.
Viveu em Portugal 72 anos e os restantes fora de portas: em Moçâmedes (Angola), Brasília (Brasil) e em Granada (Espanha), dividindo-se até hoje o seu tempo por dezassete lugares. Recorda com gratidão Arruda dos Vinhos, da sua infância, que é ainda hoje a forma terrestre do seu Paraíso; Sesimbra, a da sua juventude que lhe ensinou o mar, a amargura e a imaginação; Évora e o seu passado de sombras e de história; Redondo, onde, antes do 25 de Abril, fundou a primeira escola democrática do país. Ensinou crianças em Estremoz durante vinte e tal anos.
Em Brasília, a amizade de Eudoro de Sousa e de Agostinho da Silva pôs em professor universitário um homem que não teve a paciência nem gosto, até aos 40 anos, para completar a licenciatura na Faculdade de Letras de Lisboa. O aluno aqui era professor lá. Ensinou a Écloga IV, de Virgílio, durante três anos. Bastou-lhe este texto de algumas páginas, pois não confunde ensino com Internet.
Iniciou-se como fazedor de livros aos 36 anos, com uma Arte Poética, não de versejar mas de dar voltas ao espírito.
Tenciona nascer de novo, mas não sabe onde, nem quando, nem como, nem se isso é possível fora deste mundo.
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 16 × 23 cm |
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