História Oculta de Portugal

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Obras Completas de António Telmo – Volume VIII

A PRIMEIRA VERSÃO INÉDITA DA HISTÓRIA SECRETA DE PORTUGAL, O MAIS CÉLEBRE LIVRO DO AUTOR

Dos primórdios da “Razão Poética” à consagração do filósofo, de discípulo de Álvaro Ribeiro e José Marinho a mestre das gerações novas, cumpre-se para António Telmo mais de meio século de uma vida filosófica a que a História Secreta de Portugal, agora redescoberta na sua versão inicial, dará justa notoriedade.

«Entre 1952 e 1963, ano da publicação do seu livro de estreia, Arte Poética, corre para Telmo uma década bem contada, que se traduz na elaboração de duas dezenas e meia de artigos de vincada feição teorética, dados à estampa na imprensa periódica, generalista ou especializada. (…) Nestes escritos, praticamente desconhecidos da generalidade dos leitores, que agora surgem enfim reunidos em livro, já se anunciam os principais temas e problemas da obra filosófica de António Telmo, e em particular a noção de razão poética, que constituirá o cerne do seu pensamento e que, ainda inominada, irá conhecer em Arte Poética um considerável desenvolvimento.»

Pedro Martins
in Prefácio

«Todos os povos têm uma história oculta, isto é, uma história escondida, encoberta, desconhecida, misteriosa. Este é um dos muito pontos em que António Telmo se encontra com Fernando Pessoa («As nações todas são mistérios», Mensagem) e desenvolve essa mesma linha de pensamento. Uma história oculta, secreta. Existe uma ligação óbvia entre esta História Oculta de Portugal, que começa a escrever em 1976, e a História Secreta de Portugal que acaba por escrever no mesmo ano e que viria a ser publicada no ano seguinte, em 1977.»

António Carlos Carvalho
in Posfácio

António Telmo nasceu em Almeida, distrito da Guarda, numa casa da rua do Convento, no centro do hexagrama formado pelas muralhas que cercam a vila. Foi no dia 2 de Maio de 1927, pelas duas horas da tarde. O Leão aparecia no horizonte e o Sol erguia-se alto no Touro. Partiu deste mundo rumo ao Oriente Eterno no dia 21 de Agosto de 2010.

Por uma dessas estranhas coincidências que, por vezes, marcam a relação íntima de certos acontecimentos, nas Centúrias de Nostradamus, escritas há cerca de meio milénio, vem anunciado o nascimento do “grande Portugalois”, junto a um convento em “la Guardia”. Claro que esta Guarda é outra e outro é o convento. Quem dera ao autor deste livro pertencer a uma organização conventual de altos espíritos que guardassem o mundo humano nestes tempos de fim.

Viveu em Portugal 72 anos e os restantes fora de portas: em Moçâmedes (Angola), Brasília (Brasil) e em Granada (Espanha), dividindo-se até hoje o seu tempo por dezassete lugares. Recorda com gratidão Arruda dos Vinhos, da sua infância, que é ainda hoje a forma terrestre do seu Paraíso; Sesimbra, a da sua juventude que lhe ensinou o mar, a amargura e a imaginação; Évora e o seu passado de sombras e de história; Redondo, onde, antes do 25 de Abril, fundou a primeira escola democrática do país. Ensinou crianças em Estremoz durante vinte e tal anos.

Em Brasília, a amizade de Eudoro de Sousa e de Agostinho da Silva pôs em professor universitário um homem que não teve a paciência nem gosto, até aos 40 anos, para completar a licenciatura na Faculdade de Letras de Lisboa. O aluno aqui era professor lá. Ensinou a Écloga IV, de Virgílio, durante três anos. Bastou-lhe este texto de algumas páginas, pois não confunde ensino com Internet.

Iniciou-se como fazedor de livros aos 36 anos, com uma Arte Poética, não de versejar mas de dar voltas ao espírito.

Tenciona nascer de novo, mas não sabe onde, nem quando, nem como, nem se isso é possível fora deste mundo.

Informação adicional

Dimensões (C x L x A) 16 × 23 cm

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