Diário | O Dominó Preto de Florbela Espanca
O preço original era: 15,00 €.13,50 €O preço atual é: 13,50 €.
O Diário segue uma linha temporal de 11 de janeiro a 2 de dezembro de 1930 (terminando, pois, alguns dias antes da noite de 7 para 8 de dezembro, data do seu provável suicídio) com pequenos excertos que mostram, segundo Paula Morão, picos ascendentes e descendentes de uma experiência narcísica.
O Dominó Preto é o primeiro livro de contos de Florbela Espanca, escrito em 1927, quatro anos antes de outro livro de contos “Máscaras do Destino“. O livro tem seis contos.
Florbela Espanca decide abandonar por uns tempos a Poesia e ingressar na Prosa através da forma do Conto – decisão muito provavelmente impulsionada pelo seu trabalho de tradutora de romances franceses que assumira naquele ano.
Florbela Espanca
Poetisa e contista. Depois de concluir os estudos liceais em Évora, frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa. A abordagem crítica da sua obra poética, marcada pela exaltação passional, tem permanecido demasiado devedora de correlações, mais ou menos implícitas, estabelecidas entre o seu conturbado percurso biográfico - uma existência amorosa e socialmente malograda que culminaria com um suicídio aos 36 anos de idade -, e uma voz poética feminina, egotista e sentimental, singularmente isolada no contexto literário das primeiras décadas do século. Na verdade, a leitura mais imparcial das suas composições, entre as quais se contam alguns dos mais belos sonetos da língua portuguesa, permite posicioná-la quer na matriz de uma poesia finissecular que, formalmente, cruza caracteres decadentistas, simbolistas (são várias as referências na sua poesia a autores simbolistas) e neorromânticos (acusando a admiração por certos autores da terceira geração romântica, como Antero de Quental), "à maneira de um epígono de António Nobre" (cf. PEREIRA, José Augusto Seabra - prefácio a Obras Completas de Florbela Espanca, vol. I, Poesia, Lisboa, D. Quixote, 1985, p. IV), quer, ainda, pela forma como a vivência do amor promove, a cada passo, uma mitificação do eu, na senda de certos autores do primeiro modernismo como Sá-Carneiro, Alfredo Guisado ou António Botto. Por outra via, a da Contos e Ensaios mística, Florbela Espanca reata conscientemente ("Soror Saudade") com a tradição da Contos e Ensaios claustral feminina que recebera, no período de maior florescimento, uma marca conceptista, mantida na poética de Florbela por certa propensão para a exploração das antíteses morte/vida, amor/dor, verdade/engano. A imagem da mulher que sofre de ilusão em ilusão amorosa, que reitera até ao desespero a sua fatalidade, que dá expressão a uma existência irremediavelmente minada pela ansiedade e pela incompreensão, acabou por, na receção alargada da sua poesia, sobrepor-se a outros nexos temáticos com igual pertinência, como a dor de pensar e a aspiração à simplicidade ("Quem me dera voltar à inocência / Das coisas brutas, sãs, inanimadas, / Despir o vão orgulho, a incoerência: / - Mantos rotos de estátuas mutiladas!" ("Não Ser"); ou a forma como a busca do amor se volve essencialmente em busca de si mesma através dos estilhaços de um ser que não sabe ser sozinho: "Ó pavoroso mal de ser sozinha! / Ó pavoroso e atroz mal de trazer / Tantas almas a rir dentro da minha!" ("Loucura", in Sonetos). Florbela Espanca.
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 13 × 18 cm |
---|
Avaliações
Ainda não existem avaliações.