Nem só de Tiros Vive a Guerra

“Crianças, jovens, menos jovens, gandulos, estudantes, todos nados e criados naquela aldeia à beira serra. E Francisco entre eles. É ele próprio que conta a estória daqueles tempos, dos tempos depois, e até, de passagem, dos tempos de agora.

Começa-se a ler e a curiosidade que há em qualquer leitor logo desperta. Não conseguimos parar. E ficamos a saber como um daqueles meninos de modesto viver constrói a sua carreira, como se torna um daqueles heróis (hoje quase anónimos) que, sem tiros, mas com o risco das suas vidas e do seu futuro, derrubam um regime que caía de velho e enfermiço. A data redentora do 25 de abril. O resto, os sentimentos, esses o leitor os encontrará sem a minha ajuda. Estão lá ao dispor de quem queira saber, de como um jovem sem grandes expetativas, se faz um Homem de corpo inteiro, de coração liberto, de alma sensível.”