Re-criações Herméticas

Alquimia, Templários, Maçonaria, Rosa-Cruz, Esoterismo Cristão

UMA VISÃO ALQUÍMICA DA REALIDADE

A designação «Re-criações herméticas» sugere que esta obra tem, por um lado, um carácter lúdico, recreativo – não foi a Arte de Hermes designada, por alguns adeptos, de «ludus puerorum», um jogo de crianças? –, libertas da rigidez metodológica e epistemológica. Mas, por outro lado – que não exclui o primeiro, diga-se –, evoca, também, uma linha de pensamento que se reclama do patrocínio de Hermes, deus das mediações e «hermeneuta por excelência».

Publicados tal como foram escritos ou lidos, estes ensaios são testemunhos, semeados ao longo dos anos, de uma Paixão, ou de paixões que, no fundo, são uma só: o mundo da Alma, cujo cerne é o Coração, o Mundo Imaginal da Alquimia, ou Arte de Hermes, expresso em diversos campos. Surgidos na terra de ninguém, através das fronteiras, pelas margens, não sendo nem alquimia, nem ciência, desenvolvem-se neste espaço de liberdade infinita que reside no intermundo, no istmo («barzak» da tradição sufi) do mundus imaginalis, aquele que faz a mediação entre o mundo material e o mundo espiritual.

Inclui:
– Os Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira
– O Simbolismo das Festas do Ciclo Anual

Prefácios de Lima de Freitas e António Telmo

«Saúdo neste conjunto de ensaios de José Manuel Anes um valioso contributo para o conhecimento de matérias infelizmente arredadas do conhecimento das gentes e para o desenvolvimento de um pensamento hermesiano capaz de conjugar, criativamente, os opostos e as oposições, e de suscitar a inteligência e o sentimento dos mistérios da natureza humana e da transcendência da vida.»

Lima de Freitas
in Prefácio

«José Manuel Anes é um homem experimentado, que percorreu um longo e demorado caminho, como pode ver-se pela breve biografia que acompanha o livro. (…)

O recreio é o lugar e o tempo onde as crianças crescem, onde aprendem com as outras crianças a conhecer o mundo que a família lhes escondia, a fazerem-se rapazes e raparigas, abrindo-se para o amor, que é o verdadeiro caminho do conhecimento. (…)

Somos chegados à época, anunciada nos livros antigos, em que todo o esotérico se divulgou pelo mundo profano. Dir-se-á que, hoje, tudo está ao alcance do homem. O que parece um bem é causa de muitos enganos. Cruzam-se as correntes, envolvem-se umas nas outras, confunde-se o que é luminoso com o que é tenebroso. Neste caos, são poucos os que conservam a necessária lucidez. Aquilo que havia antes dele era, como todos sabemos, medíocre, superficial, ordeiro. A propagação do esoterismo e de tudo o que lhe anda ligado veio causar a dissolução de um mundo que só aparentemente era sólido. Mas para o caos que daí resultou invoca-se um novo fiat. Recreação não é tão só recreio. É também, sobretudo, uma nova creação. Confiada a Hermes, pedida a Hermes por José Manuel Anes. Que bem haja!»

António Telmo
in Prefácio