Velhos Supérfluos – Teses sobre o capitalismo e a velhice
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Numa sociedade em que tudo o que não é absorvido na lógica capitalista de valorização é empurrado para o estatuto de inferior e deficiente, também a velhice nunca pode ser outra coisa senão uma deficiência e algo de perturbador. Partindo da crítica do valor e da dissociação-valor de Robert Kurz e Roswitha Scholz, Andreas Urban analisa como a sociedade capitalista é estruturalmente hostil à velhice e as pessoas idosas são vistas como supérfluas por não serem produtoras de valor. Escalpelizando problemáticas como a activação dos mais velhos mediante programas e discursos de active aging e anti-aging que negam essa fase avançada da vida, ou o lar de idosos como instituição de custódia para indesejados, Velhos Supérfluos expõe o modo como o capitalismo tende a excluir todos os seres humanos que se revelarem incapazes de participar activamente na economia de mercado da sociedade do trabalho.
Cientista social austríaco, Andreas Urban (n. 1982) é um dos criadores e editores da página Wertkritik & Krisentheorie (wertkritik.org), em que também colabora Anselm Jappe. As suas publicações centram-se na teoria social crítica, seguindo fundamentalmente o paradigma da crítica da dissociação-valor. Tem diversos ensaios publicados na revista teórica EXIT! (onde se publicaram os dois ensaios presentes no livro Velhos Supérfluos, em 2018 e 2020), organizou o livro Schwerer Verlauf: Corona als Krisensymptom [Evolução Grave: O Coronavírus como Sintoma da Crise], editado em 2023, e lançou, em 2024, Kritische Theorie des Alter(n)s [Teoria Crítica da Velhice e do Envelhecimento].
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 13 × 21 cm |
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