Tempo de Erros
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Procurei o jogo da vida e os seus símbolos, não a sua verdade: a obscuridade e o enigma em vez do claro e do simples, o desconhecido em vez do óbvio, a miragem em vez da água.
Em Tempo de Erros (1992), Muhammad Chukri prossegue o duro relato autobiográfico iniciado em Pão Seco. Nesta história, assistimos aos anos de aprendizagem do autor, à sua crescente obsessão pela leitura e ao advento de um escritor. Entre a família em Tânger e a escola em Laraxe, preenchem os seus dias uma galeria de almas perdidas, amigos e amantes como a marca da loucura e, diz-nos, «bárbaros com quem vivi de noite em estreitas ruelas e tabernas duvidosas». Num país onde «os inteligentes enlouqueceram e deliram pelas ruas, e os que merecem ficar aqui emigraram», Chukri revisita a doença, a idade adulta e as amizades com os marginais estrangeiros atraídos por Tânger, reiterando a impossibilidade de aniquilar os desejos que o movem.
Muhammad Chukri (1935-2003) aprendeu a ler aos 21 anos. Nascido numa pequena aldeia nas montanhas do Rife, em Marrocos, viveu uma infância e juventude marcadas pela fome extrema e a violência absurda. Encontrou na escrita refúgio e salvação: uma escrita seca como o pão sem conduto, de uma ferocidade insaciável e amoralidade inclemente. Escritor maldito, com uma obra intensa, publicou novelas e contos — O Louco das Rosas (1979), A Tenda (1985) —, memórias dos dias de transgressão em Tânger, na companhia de Paul Bowles, Jean Genet e Tennessee Williams, bem como uma singular autobiografia em três volumes — Pão Seco (1973), O Tempo dos Erros (1992) e Rostos, Amores, Maldições (2000).
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 21 × 13,5 cm |
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