O Homem de Duas Sombras
O preço original era: 12,00 €.10,80 €O preço atual é: 10,80 €.
José Manuel Batista nasceu em Penamacor em 1953. Frequentou o curso de Lettres Modernes na Universidade Paris IV-Sorbonne, que veio a completar na FCSH da Universidade Nova de Lisboa. Reside em Vila Velha de Ródão onde terminou a sua carreira de professor. Foi-lhe atribuída uma menção honrosa no VIII Concurso Literário do SPRC (2010) pelo seu conto O Poema e o primeiro lugar no IX Concurso (2012) pelo conto A Escolha.
O texto O Guardião foi publicado pela editora Alma Azul. Em 2016, as Edições Colibri publicaram o seu livro de contos O Elogio dos Últimos e, em 2022, o Município de Vila Velha de Ródão publicou Joana Não Vem, peça de teatro escrita no âmbito do projeto Vidas e Memórias de uma Comunidade da sua Biblioteca Municipal
«Em O homem de duas sombras não é o símile exactamente com a estrutura sintáctica da epopeia que encontramos, mas uma forma de metáfora que, longe de ser já vista e estafada, de facto ilumina e imprime significado a cada momento em que ocorre nesta narrativa que denuncia bem a agilidade do autor na sua arte. Além de nova em si mesma e portanto expressão de uma voz, ela contribui para a formação gradual do que eu consideraria um estilo que está longe de se confundir com um modo de adjectivação passível de ser encontrado em diferentes épocas com um aspecto desusado, por vezes ridículo e isento de real significado. Nada disto. Na novela de José Manuel Batista, nenhuma metáfora é casual e cada uma contribui para ir imprimindo um ritmo novo a esta narrativa. Em pleno século XXI, com a história de um homem bem marcado por tudo quanto se formou no século imediatamente precedente e está impresso no seu espírito escurecido e esgaçado – o de uma figura que a todo o momento parece saído do Inferno, de onde todavia nunca fica claro se chega a sair –, este escritor, porventura de modo inesperado para um enredo entretecido numa tela sombria e contado num tempo tão distanciado da epopeia, com eficácia e harmonioso funcionamento, traz para o tecido do seu texto, metamorfoseado (e muito bem disfarçado!), um aspecto da modalidade discursiva da epopeia, onde a metáfora, frequentemente sob a forma do símile, dá à narrativa um certo ritmo de demora e realmente significa.» [MARIA MAFALDA VIANA]
* * *
«Levantou-se um vento frio. O tom dourado das folhas das árvores começa a ganhar finos veios vermelhos, semelhantes a cabeleiras pintadas. Casais de namorados passeiam abraçados. A natureza renova-se a cada
instante. Assim deveria ser a natureza dos homens. Como naquele dia distante no Bel Ami, sei que também agora a decisão é irreversível»
Informação adicional
Dimensões (C x L x A) | 13 × 20 cm |
---|
Avaliações
Ainda não existem avaliações.